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O perigo da Coréia do Norte pode não ser um míssil, mas ciberataques

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O perigo da Coréia do Norte pode não ser um míssil, mas ciberataques

A relação entre Estados Unidos e Coréia do Norte não está nas melhores condições, com o país asiático fazendo demonstrações de força repetidamente com um suposto arsenal nuclear. Os norte-americanos, no entanto, acreditam que o risco real é outro e pode vir da web.

Representantes do governo dos EUA afirmam que a preocupação é cada vez maior que a Coréia do Norte lance ciberataques diante da pressão internacional, causando problemas sérios para redes corporativas, além do roubo de dinheiro de sistemas bancários, o que pode resultar num impacto significativo.

Vale lembrar que os norte-coreanos já foram responsabilizados por um incidente ocorrido em 2014, quando a Sony Pictures foi hackeada, tendo computadores corporativos inutilizados e dados sigilosos vazados – o que, segundo os Estados Unidos, foi uma resposta a um filme que ridicularizava o líder da Coréia do Norte, Kim Jong-Um.

“Nós estamos preocupados há algum tempo que uma das formas que a Coréia do Norte tem para retaliar em caso do aumento da tensão entre os países é via internet e, particularmente, ataques contra nosso setor financeiro”, afirmou Dmitri Alperovitch, cofundador da Crowdstrike, uma empresa especializada em cibersegurança. “Isso é algo que eles realmente melhoraram como uma arte contra a Coréia do Sul”.

Em junho, o departamento de segurança nacional publicou um aviso de que um grupo norte-coreano, chamado de “Hidden Cobra”, estava começando a efetuar alguns ataques. No entanto, a opinião de que o risco é iminente não é unânime: James Lews, um especialista no do Centro de Estudos Internacional e Estratégicos, afirma que o que acontece na verdade é apenas uma ruptura de dados.

Ainda assim, é uma demonstração de que o perigo real pode não vir do ar, mas da internet.

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