Programa russo é capaz de identificar imagens adulteradas em segundos
Você já foi vítima de alguma montagem na internet? Não necessariamente usando sua imagem, mas outras fotos indicando uma coisa que nunca aconteceu, como Albert Einstein tocando guitarra ou o Papa Francisco jovem com uma camiseta da banda Black Sabbath? Pois um software russo chega prometendo identificar esse tipo de fraude com uma análise de alguns segundos.
Por meio de seus diversos algoritmos, o software detecta distorções na imagem e descobre os elementos falsos encontrados nela
O problema com imagens adulteradas vai ainda mais longe, prejudicando empresas e pessoas que dependem de informações verdadeiras, como comprovantes e outras coisas afins. O programa russo é capaz de identificar alterações em imagens, desde transformações geométricas na foto até retoques e objetos duplicados.
“Quando você obtém uma imagem de uma fonte desconhecida ou não testada, você precisa descobrir se alterações foram feitas ou não. É fácil descobrir com a ajuda do nosso software”, diz o supervisor do projeto, professor assistente do Departamento de Geoinformática e Segurança da Informação Andrey Kuznetsov. “Isto é especialmente evidente quando se analisa imagens de sensoriamento remoto da Terra”, ele completa.
É isso mesmo: o software foi desenvolvido pelo Departamento de Geoinformática e Segurança da Informação da Universidade de Samara. O programa, originalmente usado para na alisar fotos imensas recebidas de veículos espaciais em busca de detalhes específicos é capaz de fazer uma varredura de segundos em uma imagem menor e detectar sinais de que ela pode ter sido alterada.
Em alguns casos, porém, de fotos com falsificações quase perfeitas ou com muitos detalhes, a análise pode levar até um minuto para ser realizada. Por meio de seus diversos algoritmos, o software detecta distorções na imagem e descobre os elementos falsos encontrados nela. “Analisamos que tipos de ataques são usados para alterar o conteúdo da cena além da cor e da luz da imagem. E isso significa que nosso programa ajuda a expor imagens falsas, documentos e, eventualmente, eventos falsos”, os cientistas concluem.