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Braille reprogramável é o futuro para leitores com problemas de visão

Pesquisadores de Harvard desenvolveram uma tecnologia para facilitar a produção de livros para pessoas com problemas graves na visão. Livros em braille, historicamente, apresentam uma dificuldade de produção e distribuição, o que faz deles materiais de difícil acesso para quem precisa.

O texto fica maior, o que demanda mais material e tempo para cada livro. Obras como “Harry Potter e a Ordem da Fênix”, por exemplo, ficam com mais de mil páginas divididas em 14 volumes de grosso papel braille.

Agora, pesquisadores deram um grande passo para tornar isso uma coisa do passado, por meio do braille reprogramável. A ideia era conseguir construir um material mais maleável para tornar as páginas dos livros mais finas, e a resposta foi simples: uma concha elástica. As covinhas são formadas em um espaço similar a uma fruteira de plástico invertida.

Basicamente, o material é uma concha elástica fina e curva na qual podem ser feitos os relevos — aqueles que são “lidos” com os dedos — do braille com uma caneta simples. É importante ressaltar que esses recuos podem permanecer depois que a força que os criou foi removida.

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De muitas maneiras, o processo é semelhante a como os livros em braille são produzidos agora, mas, com esse método, o texto pode ser alterado à vontade. A casca “lembrará” do recuo quando a força não for mais aplicada, e o recuo pode ser apagado esticando a concha para fora.

Essa tecnologia também abre a ideia para concepção de sistemas de exibição que podem ser flexíveis e de rápida alteração, alterando a maneira como os cegos e deficientes visuais interagem com as telas.

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