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Drone usa desenho inovador de bateria com autonomia de até duas horas

A cada temporada vemos os drones sendo utilizados para mais finalidades. Fotografia, vigilância, monitoramento de plantações, inspeção de prédios, entre outras frentes, estão sendo usadas em escala comercial e industrial e a maior limitação até agora é a falta de baterias com tanques mais generosos.

Mas agora a startup Impossible Aerospace, da Califórnia, diz ter encontrado uma solução para isso. O anúncio foi feito na segunda-feira (10). A empresa explica que simplesmente repensou a maneira como os drones são projetados e montados. Ao invés de uma bateria separada, que pode ser encaixada no gadget, as células de energia estão espalhadas por toda sua estrutura.

Além disso significar mais unidades para uso, também quer dizer que há menos “peso extra” para carregar e isso resulta em mais horas de atuação. Suas primeiras máquinas voadoras, que possuem o tamanho de um DJI Phantom, podem durar até duas horas no ar —  muito mais que os 20 ou 40 minutos de voo oferecidos pelos produtos atualmente com maior autonomia.

O conceito para esse redesenho dos drones e da forma que eles são construídos foi inspirado na época em que o CEO da Impossible Aerospace, Spencer Gore, passou na Tesla. Ele ficou anos trabalhando nos projetos de baterias para os veículos Model X e Model 3. Segundo o executivo, o que definiu a companhia de Elon Musk foi a forma com quem ela criou seus carros em torno de suas baterias.

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A Tesla popularizou o que os profissionais chamam de “modelo skateboard” para veículos elétricos. Esse modelo coloca o tanque de energia integrado ao piso do veículo e conectado às rodas e eixos — com o restante do veículo construído sobre essa base. Isso revolucionou na indústria e a Volkswagen, por exemplo, vem gastando bilhões de dólares no desenvolvimento de algo semelhante.

Outras montadoras começariam com a substituição do tanque de combustível por baterias e motores elétricos. “Mas aí você teria uma bateria pequena no lugar errado, com muito peso extra. Com isso, você dirigiria cerca de 80 milhas (quase 129 quilômetros) com uma carga, na melhor das hipóteses”, diz Gore. Para comparação, o Model S chegou a superar 1.000 quilômetros com apenas uma carga de bateria.

A versão final do quadricóptero da Impossible Aerospace se parece com os outros no mercado, mas tem entre quatro a seis vezes mais de tempo total de voo. O US-1 pesa 7,1 quilos, chega a 42 mph (67,5 km/h) e tem alcance de quase 50 milhas (80,4 quilômetros). O pacote com com câmera dura aproximadamente uma hora e 10 minutos no ar e possui recarga rápida de menos de uma hora.

Empresa quer também oferecer baterias para o consumidor final e para o setor industrial

A empresa oferece o produto por US$ 7,5 mil (R$ 30,6 mil na conversão direta) e a edição com câmera térmica da Flir custa US$ 10 mil (R$ 40,8 mil), com venda apenas nos Estados Unidos — a comercialização global depende de aprovação internacional de sua patente. Gore espera atrair clientes dos setores de segurança privada, polícia, bombeiros e resgate. ou pesquisa. Esperto, ele também vem apelando para o clamor nacional, dizendo que a Impossible Aerospace seria uma opção confiável aos líderes chineses do mercado, a DJI — e isso inclui acusação de espionagem, pois as máquinas orientais estariam enviando informações captadas em todo o mundo para sua matriz na China.

A companhia também quer oferecer baterias para diversas outras finalidades, incluindo para o consumidor final, nas prateleiras; e para motores de máquinas ou diferentes veículos. A empresa anunciou na segunda-feira (10) uma rodada de financiamento de US$ 9,4 milhões e boa parte dessa verba vem da fabricante de aviões Airbus. Esse suporte vai de encontro com outro filão o qual o CEO da empresa, Spencer Gore, a indústria da aviação.

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