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Para Pai do iPod, empresas deveriam ajudar a combater os vícios digitais

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Para Pai do iPod, empresas deveriam ajudar a combater os vícios digitais

Tema sempre em voga na atualidade, a questão de vícios tecnológicos volta e meia ganha mais destaque quando algum figurão de dentro da indústria se posiciona sobre isso. Esta foi a vez de Tony Fadell, ex-engenheiro da Apple e criador do iPod, dar os seus pitacos. Para ele, fabricantes de celulares e apps deveriam assumir mais responsabilidades para incentivar a saúde tecnológica de seus clientes.

“Tome a alimentação saudável como exemplo: nós temos dicas de cientistas e nutricionistas sobre quanta proteína e carboidratos deveríamos incluir em nossa dieta, escalas padronizadas para medir o nosso peso e normas sobre o quanto deveríamos nos exercitar”, comenta o ex-funcionário da Maçã em artigo publicado na Wired no último final de semana.

“Mas quando se trata de ‘nutrição’ digital, não sabemos o que é ‘vegetal’, ‘proteína’ ou ‘gordura’. O que é ‘sobrepeso’ ou ‘abaixo do peso’? O que significa uma vida digital moderada e saudável?”, questiona. “Penso que as fabricantes e os desenvolvedores de aplicativos precisam assumir essa responsabilidade antes que os [órgãos] reguladores do governo apareçam — como foi com a rotulagem nutricional.”

Tony Fadell acredita que as empresas de tecnologia deveriam se envolver mais no combate aos vícios digitais.

Ele fala também das já existentes clinicas de desintoxicação digital que existem nos Estados Unidos e cita amigos que precisaram enviar os seus filhos para lá para ressaltar que é necessário ter ferramentas que impeçam a situação de chegar a um ponto crítico.

E, para Fadell, nenhuma empresa melhor do que a sua ex-empregadora para tomar uma ação no sentido de incentivar um ambiente tecnológico mais saudável.

“A Apple está particularmente bem posicionada para resolver esse problema, com um controle a nível de sistema em todos os dispositivos”, registra. “Com acesso a essa informação, penso que muitos de nós ficaríamos surpresos com o que descobriríamos e provavelmente escolheríamos mudar de comportamento”, complementa.

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