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Qual a diferença entre o OLED usado em TVs e celulares?

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Qual a diferença entre o OLED usado em TVs e celulares?

Quando falamos em telas, a tecnologia OLED é constantemente apontada como a mais apropriada da atualidade. Presente já há alguns anos nos smartphones, ela conquistou até mesmo a resistente Apple, que adotou painéis OLED no iPhone X e deve fazer o mesmo nos modelos de 2018.

No mundo das TVs, o OLED ainda é recente e a sua grande “evangelizadora” é a LG. Podemos dizer que o OLED da companhia sul-coreana é, no mundo dos televisores, o que o OLED da Samsung é no ramo dos portáteis. Mas eles são iguais? Para além das especificidades do processo de fabricação que ambas as companhias mantêm em segredo, há um detalhe básico que torna diferente a tecnologia da TV para a do OLED do celular (inclusive aqueles usados nos gadgets da LG).

Antes de falar sobre ele, vamos contextualizar tudo definindo o que é uma tela OLED e quais as diferenças entre os modelos AMOLED e POLED, tão comentados na atualidade.

As telas com tecnologia de díodo orgânico de emissão de luz, ou OLED, contam com emissores próprios de luz e, por isso, dispensam um painel retroiluminação e permitem a criação de monitores, televisores e telas mais finas. Além disso, ela ativa pixels individualmente e apaga os pixels para exibir a cor preta, resultando em imagens muito mais fiéis.

A grosso modo, pode-se afirmar que as telas da maioria dos smartphones da atualidade poderiam ser classificadas apenas como OLED e que AMOLED (mais usado pela Samsung) e POLED (mais usado pela LG) são apenas expressões com apelo publicitário.

O sufixo “AM” de AMOLED vem de “matriz ativa”, recurso necessário para que as telas exibam imagens em movimento com qualidade. Relógios e monitores de atividades físicas não precisam de matriz ativa, mas todas as telas de smartphones, sim, sejam elas de OLED ou de LCD. Portanto, o termo AMOLED usado com a intenção de destacar de superioridade em relação ao OLED não faz sentido.

Galaxy S8 também traz substrato de plástico na composição da sua tela.

E o mesmo acontece com o “P” de POLED, que faz referência ao material do substrato do painel, feito de plástico e não de vidro. O plástico é mais barato e maleável do que o vidro, o que permite a ele ser usado nas telas curvadas presentes em muitos dos smartphones da atualidade. Vale ressaltar que o plástico não está na superfície e que as telas são quase todas revestidas por vidros reforçados, como o Gorilla Glass.

Em suma, a Samsung também utiliza substrato plástico feito de poli-imida em suas telas, por isso elas são curvadas. Diante desse cenário, é possível afirmar que a maioria das telas da atualidade são tanto AMOLED quanto POLED.

Tá, mas e qual a diferença entre o OLED das TVs e o dos celulares? Basicamente, é o tipo de subpixel utilizado. Enquanto a maioria dos OLED dos smartphones utiliza um esquema chamado “arranjo de pixel de diamante” (também conhecido como matriz PenTile), as telas de TV da LG trazem pixels RGBW.

Visão ampliada de um arranjo de pixels de diamante, comum nos celulares.

Na origem, todos os pixels das telas de TV da LG são uma mistura de vermelho (R), verde (G) e azul (B), o que forma o branco (W). A luz branca, então, passa por um filtro vermelho, verde ou azul, o que se traduz na cor que você vê na tela. Há ainda um pixel totalmente branco, que também se mistura aos demais para formar todas as cores — e o preto é feito por meio do desligamento dos pixels.

Esse processo permitiu a LG reduzir os custos de produção das grandes telas OLED, afinal todos os subpixels são iguais. Apesar de estranho, ele também garante uma vida útil muito maior ao seu equipamento exatamente por isso. Como os pixels azuis tendem a se desgastar primeiro, se todos eles são iguais (ou seja, brancos), eles se desgastam na mesma velocidade.

Padrão WRGB usado pela LG em seus televisores OLED.

Antes disso, os primeiros painéis OLED utilizados em televisores encareciam de forma significativa a produção de televisores, como foi visto em produtos anunciados no início da década. Atualmente, telas OLED ainda são mais caras do que as de LCD, mas o avanço tecnológico vem reduzindo o preço.

A Samsung, que já afirmou não achar a tecnologia OLED a ideal para televisores, desenvolveu um formato que utiliza pontos quânticos para transformar pixels azuis em pixels brancos e, a partir disso, combinar filtros de cores que trabalharão de forma semelhante ao WRGB. São as chamadas TVs QLED, apresentadas pela empresa em 2017.

Como não é difícil de imaginar, os pixels em smartphones são bem menores do que aqueles vistos em televisores. Quanto menor um pixel em um painel OLED, menos luz ele emite, o que causa redução da qualidade do pixel em um portátil quando comparado com o de uma TV. Contudo, vale lembrar que os celulares dependem de uma fonte independente de energia, diferente do televisor.

E é justamente para resolver essa questão da qualidade que serve o arranjo em forma de diamante, citado anteriormente. Ele exibe mais subpixels verdes do que azuis e vermelhos, compartilhando a informação daqueles em menores quantidades com os demais — os pixels verdes são mais perceptíveis ao olho humano. Esse tipo de arranjo é bem raro em uma televisão.

Em suma, os detalhes dos pixels são definidores quando se fala nas diferenças básicas entre a tela OLED do seu celular e aquela da mesma tecnologia encontrada em alguns aparelhos de TV. Há quem diga que o Micro LED seja a tecnologia de tela do futuro quando se fala em TV, mas é difícil que algo consiga superar o OLED na relação entre custo e benefício a médio prazo.

Qual a diferença entre o OLED usado em TVs e celulares?

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